sábado, 26 de novembro de 2011

Fichamento: Sociedade da informação no Brasil: livro verde, Cap. 4 (Educação na Sociedade da Informação)

Sociedade da informação no Brasil: livro verde / organizado por Tadao Takahashi. – Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000. P.3-14 p. 45–56. [1]


Aline Nádia Miranda Santos
Edna Maria Carneiro dos Santos Ferreira
Eliene Araújo de Santana
Flávia Regina de Matos Mascarenhas
Laila Tarcísia Silva Muniz
Lucila Conceição de Oliveira Rios[2]

4 – Educação na Sociedade da Informação
4.1 – Do que se trata
4.1.1 Educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar as pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho. (p.45)
Educação para a Cidadania
4.1.3 As tecnologias de informação e comunicação devem ser utilizadas para integrar a escola e a comunidade, de tal sorte que a educação mobilize e sociedade e a clivagem entre o formal e o informal seja vencida. (p.45)
Infra-estrutura de Informática e Redes para Educação
4.1.4 A instalação de uma infra-estrutura nas escolas e outras instituições de ensino de um país é, do ponto de vista econômico, pouco atraente; a demanda de tráfego na rede é baixa, a capilaridade é elevada, o número de usuários é grande e é vasto o leque de serviços necessários. O problema fundamental em relação à disponibilização dessa infra-estrutura é essencialmente de custos é uma empreitada cara, envolvendo significativo dispêndio inicial para aquisição e, posteriormente, para manutenção e atualização do parque instalado. Há em adição o custo do serviço de comunicação e acesso à Internet. (p.45)
Novos Meios de Aprendizagem
4.1.5 A interação multimídia e a instrumentação de dispositivos físicos, abrindo possibilidades para interação via imagens, sons, controle e comando de ações concretas no mundo real. (p.46)
4.1.6 A interligação de computadores e pessoas em locais distantes, abrindo novas possibilidades de relação espaço-temporal entre educadores e educandos. (p.46)
Educação a Distância
4.1.7 A disseminação da Internet nos anos recentes tem feito ressurgir com novo ímpeto o interesse em Educação a Distância como mecanismo complementar, substitutivo ou integrante de ensino presencial. (p.46)
4.1.8 As novas tecnologias de informação e comunicação abrem oportunidades para integrar, enriquecer e expandir os materiais instrucionais. (p.47)
O Desafio da Formação Tecnológica
4.1.10 Na década de 90, uma concepção mais matizada do papel de tecnologias de informação e comunicação em países em desenvolvimento principiou a ganhar espaço. Nessa concepção revista, atribuiu-se maior peso ao balanceamento da capacidade de geração, aplicação e uso de tecnologias de um país que a produção de bens e serviços. (p.47)
4.1.11 A alfabetização digital precisa ser promovida em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, por meio da renovação curricular para todas áreas de especialização, de cursos complementares e de extensão e na educação de jovens e adultos, na forma e concepção emanadas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. (p.48)
Novos Currículos
4.1.12 O impacto de tecnologias de informação e comunicação coloca a necessidade de se pôr em marcha e manter, como situação de equilíbrio dinâmico, amplo processo de revisão curricular em todos os níveis e áreas. (p.49)
4.1.13 Os cursos de formação de professores como as licenciaturas necessitam de injeção enérgica, mas muito ponderada, de uso de tecnologias de informação e comunicação, para contemplar a formação de professores familiarizados com o uso dessas novas tecnologias. (p.49)
Informatização em Escolas
4.2. A maioria das escolas brasileiras não está ainda conectada à Internet. De acordo com o último censo escolar do MEC, em 1999. (p.50)
4.2.1 Nos três níveis do ensino formal, são raras as escolas públicas e poucas as particulares que se utilizam da informática em suas disciplinas. O professor universitário – até o que usa as redes para suas pesquisas – pouco utiliza as tecnologias de informação e da comunicação como meio de aumentar a eficácia do processo de ensino-aprendizagem. (p.52)
Educação a Distancia
4.2.5 A maior iniciativa de educação a distância em operação no País é provavelmente a do Programa TV Escola, da Secretaria de Educação a Distância do MEC, baseado em disseminação de material didático via TV, complementado por atividades presenciais ou de interação a distância. (p.52)
4.2.6 O Brasil tem mantido, já por quase uma década, várias iniciativas nacionais de pesquisa multiinstitucional em tecnologias de informação e comunicação, através do MCT, envolvendo universidades e empresas. (p.54)
4.3 – Para Onde Vamos
·         É preciso aumentar drasticamente o nível de alfabetização digital do País
4.3.1 A penetração natural das novas tecnologias de informação e comunicação tende a estagnar, pois hoje ela se restringe basicamente às classes de maior poder aquisitivo. (p.54)
·         É preciso buscar modelo de conectividade amplo de escolas públicas e privadas
4.3.2 O setor público deve articular, junto com vários segmentos da sociedade, iniciativas inovadoras, com forte apoio do setor privado. (p.54)
·         É preciso qualificar minimamente novos profissionais de nível técnico e superior de todas as áreas nas novas tecnologias
4.3.3 Iniciativas de regulamentação de profissões em informática e geração de conteúdo, portanto, não são desejáveis. A fim de habilitar minimamente profissionais de outras áreas no desenvolvimento de aplicações é necessário que atividades educacionais usem mais intensivamente a informática como meio. (p.55)
·         É preciso aumentar significativamente a formação de especialistas nas novas tecnologias em todos os níveis
4.3.4 deve ser fomentada a criação de novos cursos de qualidade na área e, particularmente, de cursos mais diretamente voltados para tecnologias em todos os níveis, do médio até a pós-graduação. (p.55)
·         É preciso fazer uso em grande escala das novas tecnologias de informação e comunicação em ensino a distância
4.3.5 é necessário buscar um modelo de transição que compatibilize o uso de material em vídeo com o uso de Internet. É também fundamental zelar pela qualidade do ensino a distância. (p.55)
·         É preciso criar laboratórios virtuais de apoio à pesquisa interdisciplinar por parte de especialistas geograficamente dispersos
4.3.7compartilhamento de dados e informações, independentemente de localização dos diversos parceiros, constituem a base na nova modalidade de realizar pesquisa. (p.55)
·         É preciso utilizar como tema transversal nos níveis de ensino fundamental e médio a leitura crítica e a produção de informações no meio provido pelas tecnologias da informação e comunicação
4.3.8 A produção interdisciplinar de materiais por parte dos alunos deve ser incentivada para que sejam estabelecidas relações entre assuntos variados. (p.55)
4.4 – O que Fazer
Quadro Jurídico
4.4.1 Regulamentação de ensino não presencial. (p.55)
4.4.2 Estabelecimento de diretrizes e parâmetros curriculares para cursos não convencionais demandados pelo novo contexto tecnológico moldado pelas tecnologias de informação e comunicação. (p.55)
Ações Estruturadoras
4.4.3 Capacitar o professorado no uso efetivo das tecnologias de informação e comunicação na prática de ensino. (p.56)
4.4.5 Ampliação da capacidade de formação de recursos humanos qualificados, voltados mais diretamente para as tecnologias de informação e comunicação. (p.56)
Outras Ações
4.4.7 Valorização, nos processos de avaliação institucional de cursos por parte do MEC, do uso sistemático de tecnologias de informação e comunicação nos processos de ensino. (p.56)
4.4.8 Experimentação com modelo integrando vídeo e Internet para ensino a distância, para propiciar a evolução do programa TV Escola rumo a um esquema interativo. (p.56)
4.4.9 Implantação de pelo menos dois laboratórios virtuais para consórcios de pesquisa interdisciplinar e multiinstitucionais em tecnologias de informação e comunicação. (p.56)


[1] Fichamento solicitado pelo professor Wilson Oliveira Carneiro, como requisito parcial do Componente Curricular Prática Pedagógica IV.
[2] Alunas do IV Semestre do Curso de Graduação em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas - Licenciatura, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – CAMPUS XIV.

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